23 de março de 2010

Constipação- Intestino Preguiçoso?

Para iniciar gostaria de dizer, que de acordo com os processos fisiológicos o nosso corpo foi feito para defecar cerca de 3 vezes ao dia. Os hábitos alimentares e o estilo de vida são os principais responsáveis pela constipação. Cada vez escuto mais - em meu consultório- pacientes que dizem: "não tenho dificuldades de ir ao banheiro, vou normal, 1 vez a cada dois dias". São exatamente estes pacientes que relatam dores abdominais, gases enfim.. Aqui faço um alerta, não é normal, embora em um grupo de amigas possa parecer, ir ao banheiro a cada dois dias. Todo o alimento que ingerimos ao longo do dia são digeridos, metabolizados e parte deles precisa ser excretado (e essa maneira é pelas fezes). Os estudos comprovam que mulheres apresentam maior dificuldade quando comparadas aos homens isso em função também de fatores psicológicos (do tipo não utilizar o banheiro fora de casa, temer pelo cheiro), mas também pela quantidade de alimentos que consomem ao longo do dia. É importante que você respeite seu relógio biológico e quando o corpo manifestar vontade, você o obedeça pois esta vontade depois passa e a dificuldade aumenta. Quanto maior o número de dias sem defecar, mais ressecadas ficam as fezes e a dificuldade só tende a aumentar. Embora possa parecer um pouco nojento, é importante que após ir ao banheiro, analisemos nossas fezes elas podem nos dizer mais do que imaginamos. Pacientes com transtornos alimentares ou gestantes tendem a ter uma dificuldade aumentada e é de suma importância que procurem ajuda de profissionais para que possam melhorar este quadro que quando perdura por muitos dias pode resultar em alterações na pele como espinhas, barriga inchada e desconfortável e até mesmo mau humor. Hoje em dia já se conhece muitos alimentos e maneiras naturais de dar uma acelerada neste intestino preguiçoso e aqui, aproveito para também implorar: Não faça uso de laxante sem prescriçao médica, além deles aumentarem significantemente o risco para cânceres do trato gastrointestinal, eles viciam o intestino que tende a se tornar ainda mais lento quando não sob efeito destes medicamentos. Beba bastante água, faça atividade física e procure um nutricionista para saber aqueles alimentos que podem te ajudar!

16 de março de 2010

MUDANÇA NO PADRÃO ALIMENTAR

Faz tempo que penso em postar sobre este assunto, mas sempre ele acaba dando lugar aos modismos relacionados a alimentação ou as novidades com as quais me deparo nos mais diversos meio da mídia. Mas é justamente por trabalhar com transtornos alimentares que não posso deixar de falar sobre isso. Vale colocar que embora eu me refira mais ao Brasil, essa mudança não é exclusividade do nosso país mas uma tendência mundial.
Antigamente, por volta de 1550, os homens deveriam comer de acordo com a sua natureza, única e exclusivamente para suprir suas necessidades. No entanto, os cozinheiros franceses foram os responsáveis pela valorização do alimento nas suas mais diversas formas e preparações e consequentemente,foi a partir destes que além de ser visto como fonte de nutrientes os alimentos passaram a ser vistos como fonte de prazer. A imigração trouxe hábitos e uma culinária diferenciada. A indústria alimentícia na medida em que se desenvolvia foi permitindo o acesso a todo tipo de culinária, alimento ou produto e desta forma as transformações alimentares tornaram-se inevitáveis. Com um mundo globalizado e industrializado, os alimentos caseiros perderam seu lugar para enlatados, congelados e um consumo cada vez maior de produtos industrializados. A família não senta mais ao redor da mesma mesa para alimentar-se, as mães antigamente responsáveis pela preparação dos alimentos passaram a trabalhar e com isso mais e mais pessoas recorreram aos fast-foods. Este é o processo que chamamos de transição nutricional e com ele os efeitos visíveis na saúde e bem-estar dos indivíduos. As doenças nutricionais como escorbuto e desnutrição deram lugar a doenças nutricionais causadas por excesso. Cada vez mais se fala de obesidade, diabetes e hipertensão.Concominante a este aumento de peso global, a valorização intensa da magreza, não seria um tanto contraditório? É baseado nesta questão que costumo entender a ansiedade e consequente reflexo na alimentação (seja para mais ou para menos) dos pacientes que chegam ao meu consultório com algum tipo de transtorno alimentar. O mundo e o estilo de vida atual nos favorecem o ganho de peso e nós, como membros de uma sociedade, somos precionados a corresponder ao padrões de beleza. Como isso não provocaria sentimentos de culpa ou prazer reprimidos? É neste dois lados da moeda que muitos se perdem...

7 de março de 2010

Dietas Líquidas emagrecem?

http://www.youtube.com/watch?v=93p-ub8kTNw


O Globo Repórter de 17 de fevereiro (deste ano) exibiu uma série de informações sobre nutrição e alimentação com base em estudos realizados na principais universidades brasileiras. Dentre os assuntos tratados, um considerei de maior importância mesmo porque já haviam estudos que comprovavam o mesmo e também por ser uma alternativa que normalmente, os pacientes recorrem: será que a dieta líquida realmente emagrece? qual o seu efeito em nossa fome? Para aqueles que não assistiram o programa recomendo acessarem o link acima.

4 de março de 2010

PESO IDEAL

 

A pergunta que mais é feita quando um paciente chega ao meu consultório, é aquela que todos se questionam: qual o meu peso ideal? Que peso devo ter? Como falamos anteriormente, são muitos os fatores que influenciam no nosso peso corporal total (aquele possível de ser medido em balança) e é por isto, a dificuldade de determinar-se o peso ideal. O parametro utilizado para este cálculo, seria o do IMC (índice de massa corporal) no qual há valores pré-determinados de 21,5 como o valor idel para mulheres e 22,5 para homens. No entanto, como também já colocamos, o IMC é muito amplo e também pouco específico já que não diferencia sexo, idade, compleição física do paciente e outros fatores que possam estar resultando no seu peso total. Por este e outros motivos que digo que o peso ideal vai ser aquele no qual o paciente se sente bem, aquele no qual as condições de saúde do indivíduo encontram-se bem e estabilizadas. Muito mais que um simples número, há muitos outros critérios que nós nutricionistas devemos utilizar para determinar esse peso ideal, conjugando estes conhecimentos com os objetivos específicos do paciente que vem até  nósPor isso que venho aqui, pedir mais uma vez, atenção para todo tipo de diagnóstico ou cálculo em que não haja conhecimento profundo dos hábitos do indivíduo e de sua composição corporal. O nutricionista não deve ter o papel de unica e exclusivamente informar um número, uma meta de peso a ser atingida, mas sim conjugar seu conhecimento aos desejos do paciente e em conjunto determinarem especificamente o melhor.